Narcisismo Perverso ou Transtorno de Personalidade Narcisista
Narcisismo perverso – Era uma pessoa que segundo estudos da Psicologia e a Literatura deveria me amar sem reservas. Falhou bem na minha vez.
Ela sempre me criticou. Meu copo sempre foi meio vazio. Nada do que eu tenha feito ou sido em nossos anos de convívio, foi bom o suficiente.
Ela, a pessoa, inventava histórias, várias versões da mesma história, para desqualificar o que vivi, o que senti e quem eu era.
Para muita gente, eu nunca pude contar meu lado da história. Eu nunca tive voz. Eu acreditava, igualmente, que não tinha valor.
Modus Operandi do narcisismo perverso
Essa pessoa se aproximava dos meus desafetos e se tornava íntima, dando a eles razão e inventando coisas que eu nem fiz.
Lutei muitos anos para provar meu valor para mim mesma enquanto ela vivia para questionar, invalidar, desvalorizar e a descartar os meus talentos e conquistas. E sempre esteve envolvida nos maiores dramas que passei, como antagonista.
O humor dela oscilava, tendo períodos de altos e baixos com grande frequência.
Ela só me tratava bem quando precisava de algo ou quando precisava da minha presença para mostrar aos outros que nosso relacionamento era bom. Ela era capaz de me tratar bem na frente de terceiros e me ignorar completamente minutos depois.
Sempre que necessitava de apoio emocional, afetivo, psicológico e financeiro, não podia contar com essa pessoa. Ou se ela fazia algo, contava para todo mundo, aumentava, era sempre a heroína.
Para ela, é muito mais importante parecer do que se sentir bem. Ela faz tudo para emanar uma imagem de perfeição, ainda que esteja dominada por sentimentos negativos intensos, como a inveja, a insatisfação, a insegurança e a raiva. Não é possível confiar nem mesmo em seus momentos mais vulneráveis, pois ela trai a confiança usando minhas fraquezas contra mim mesma.
Eu não entendia porque era assim. Até descobrir que ela tem transtorno de personalidade narcisista.
Minha personalidade foi sistematicamente abalada por anos de convivência.
Então eu declarei a minha liberdade. E parei de lutar. Chamam de pedra cinza, contato zero, no entanto eu chamo de paz.
“O que me importa ver você chorando
Se tantas vezes eu chorei também
O que me importa sua voz chamando
Se pra você jamais eu fui alguém”
(Marisa Monte)
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