“Minha ex embarangou, por isso terminamos”

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“Minha ex embarangou, por isso terminamos”. Eu ouvi essa frase na rua, sem querer, há algumas horas. E ela está reverberando em mim. Eu não conheço o poeta que a proferiu, mas doeu.

Mulher não “embaranga” por escolha. Se ela engorda, deixa de se depilar, ou de andar sempre arrumada, alguma coisa aconteceu. Algum problema derrubou sua autoestima. Pode ser de dentro dela, algo no trabalho, mas pode ter sido por causa do próprio macho alfa.

O processo de abandono de si mesma reflete uma pessoa que está se sentindo infeliz.

“Minha ex mudou, ficou chata”

Um relacionamento é como uma planta que precisa ser regada, senão murcha e morre. Eu passei por esse processo de abandono há alguns meses e confesso que é fácil de entrar, mas difícil de sair. O “Desembarangamento” é um processo mais emocional do que físico. É repassar mentalmente cada gatilho, cada atitude negligenciadora. E por fim, voar da gaiola.

O homem, por ser mais racional, quando percebe que há algo errado no relacionamento, quando sente cobranças ou críticas, na maior parte das vezes pula fora, muda de foco (sem generalizar, tem exceções, ok).

A mulher não. Ela entra no trem fantasma da culpa, buscando em si mesma os motivos da mudança do outro. Ela passa a reparar em cada palavra dita e não dita, o tom de cada conversa, o distanciamento. E acha que é porque ela se tornou desinteressante, feia. Ou entra na neura de que o bonito conheceu alguém melhor do que ela.

Na verdade, ele apenas encontrou uma mulher que não o conhece, que pode ser convencida por sua conversa vazia de atitudes (mas a vítima não sabe) e assim recomeça o ciclo: Recebeu críticas – perde o interesse – trata mal-parte para outra.

Sempre que entrar em um novo relacionamento, observe como ele fala de suas ex, de como ele se vitimiza. Observe o relacionamento deles, principalmente se tiveram filhos juntos.

Guarde sua autoestima e amor próprio com zelo e cuidado, como quem guarda a própria vida.

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2 Comments

  1. Não sou triste, louca ou má - Anota, vai que esquece?

    […] louca ou má. Um fato inconteste é que toda mulher é rotulada, classificada e comparada. Feito produto que se comercializa, toda mulher que não se subordina acaba sendo taxada de louca, […]

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